BIOFORTIFICAÇÃO DE ALIMENTOS MÉTODOS DE CAMPO UTILIZADOS NO ENRIQUECIMENTO DE PARTES COMESTÍVEIS DE VEGETAIS COM ZINCO E O ENFRENTAMENTO DA DESNUTRIÇÃO HUMANA: MÉTODOS DE CAMPO UTILIZADOS NO ENRIQUECIMENTO DE PARTES COMESTÍVEIS DE VEGETAIS COM ZINCO E O ENFRENTAMENTO DA DESNUTRIÇÃO HUMANA

O uso da técnica de biofortificação visa aumentar os teores de nutrientes nos alimentos vegetais, como ferro e zinco, tornando-os mais adequados ao consumo humano. O zinco pode ser limitante à produção de alimentos, especialmente em solos arenosos e de baixa fertilidade natural. Ao lado do Ferro e da vitamina A, o zinco contribui para a desnutrição humana no planeta, problema esse que afeta a saúde de mais de dois bilhões de pessoas no mundo. No Brasil, políticas públicas vêm desenvolvendo programas de suplementação alimentar para redução da desnutrição, mas não estão apresentando êxito, principalmente, devido aos preços dos produtos alimentícios e ao baixo poder aquisitivo de grande parte da população. Nesse contexto, visando mitigar esse problema, órgãos de pesquisa estudam a técnica de biofortificação de alimentos de origem vegetal com vistas à produção de partes comestíveis enriquecidas com micronutrientes. Técnicas de engenharia genética ou agronômicas, bem como o melhoramento genético clássico podem contribuir para a produção de alimentos mais nutritivos na perspectiva de contribuir para a segurança alimenta da população, especialmente dos que mais necessitam. Espécies de plantas olerícolas, tuberosas, frutíferas, leguminosas e gramíneas estão entre as mais estudas e seus produtos biofortificados já se encontram no mercado à disposição do consumidor. Contudo, mais investimentos em pesquisas devem ser realizados em sistemas agrícolas sustentáveis, como os biodiversos, utilizando insumos alternativos como sementes crioulas, materiais orgânicos, remineralizadores silicáticos e biofertilizantes, cujos efeitos são benéficos na qualidade do alimento produzido e nos atributos químicos, físicos e biológicos do solo. A implementação da técnica de biofortificação em cultivos diversificados, que são característicos de pequenos produtores, contribuirá para que os alimentos cheguem à mesa da população mais carente, especialmente os agricultores familiares e moradores das pequenas cidades situadas nas proximidades das zonas agrícolas.