AUTOMEDICAÇÃO E SAÚDE PÚBLICA: UMA ANÁLISE GLOBAL DURANTE E APÓS A PANDEMIA

A automedicação é uma prática comum em diversas populações e foi intensificada durante a pandemia de COVID-19 devido a dificuldades de acesso aos serviços de saúde e à disseminação de informações não verificadas. Este capítulo apresenta uma análise abrangente sobre a prevalência da automedicação, os fatores associados a essa prática e seus impactos para a saúde pública, com base em uma revisão integrativa da literatura. Os estudos analisados indicam que a automedicação variou entre 7,14% e 67,3% nos diferentes contextos estudados, sendo mais prevalente entre jovens adultos, indivíduos com fácil acesso a medicamentos e aqueles expostos a estresse e desinformação. Entre os principais fármacos utilizados destacam-se analgésicos, antipiréticos, antibióticos e fitoterápicos. A automedicação indiscriminada representa um risco significativo para a saúde pública, contribuindo para o aumento da resistência antimicrobiana e reações adversas. Comparações internacionais evidenciam variações nos padrões de automedicação de acordo com fatores culturais e estruturais dos sistemas de saúde. Por fim, o capítulo discute estratégias regulatórias e educativas para minimizar os impactos negativos dessa prática, enfatizando a necessidade de políticas eficazes para o uso racional de medicamentos.