ATIVIDADE FÍSICA, USO DE TELAS E QUALIDADE DO SONO EM CRIANÇAS PARANAENSES MENORES DOIS ANOS: ESTUDO TRANSVERSAL

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Título

ATIVIDADE FÍSICA, USO DE TELAS E QUALIDADE DO SONO EM CRIANÇAS PARANAENSES MENORES DOIS ANOS: ESTUDO TRANSVERSAL

Autores:
  • Rayssa Makiyama da Silva

  • Tainá Ribas Mélo

DOI
  • DOI
  • 10.37885/241218447
    Publicado em

    20/02/2025

    Páginas

    80-93

    Capítulo

    6

    Resumo

    Muito é estudado e pesquisado sobre o desenvolvimento infantil, especialmente na primeira infância, uma vez que se trata de um período de rápido desenvolvimento físico e cognitivo e uma fase durante a qual os hábitos de vida estão sendo formados (OMS, 2019). Considerando o padrão de atividade global ao longo de um período de 24 horas, sendo o dia composto por horas de sono, horas de atividade sedentária e atividades físicas, é importante o cumprimento das diretrizes que protegem e estimulam as crianças de forma adequada (OMS, 2019). O uso de mídias digitais está cada vez mais presente na vida da população de diversas faixas etárias (Chassiakos et al., 2016; Nevski; Siibak, 2016). A Organização Mundial da Saúde (OMS, 2019) orienta que bebês com menos de dois anos de idade não sejam expostos às mídias digitais devido aos possíveis riscos para o desenvolvimento. No entanto, este uso tem sido realizado de diversas formas (Rosa et al., 2020). Estudos realizados no Brasil apontam que as mídias são oferecidas aos bebês por necessidade dos cuidadores, quando precisam ocupá-los para poderem realizar alguma tarefa (Mallmann; Frizzo, 2019). Outras situações em que esse recurso é oferecido é quando querem acalmar ou distrair o bebê (Pedrotti, 2019) ou auxiliar na regulação de seu comportamento, como em situações de birras (Nevski; Siibak, 2016; Nobre et al., 2019). Por outro lado, crianças apresentam dificuldades em controlar o tempo de tela, levando a uma alta exposição que desregula o sono e favorece o sedentarismo (SBP, 2019a, 2019b). Diante disso, em 2019, a OMS publicou suas diretrizes para a realização de atividade física, comportamento sedentário e sono para crianças menores de cinco anos. Sendo que a inadequação geral às recomendações para esses hábitos de vida foi considerada um fator de risco para o excesso de peso e para mudanças no desenvolvimento neurocognitivo de crianças (OMS, 2010). Molleri et al. (2023) verificaram que, antes da pandemia de COVID-19, a adequação geral as Diretrizes de Movimento 24 Horas (que orientam sobre prática de atividade física moderada a vigorosa (AFMV), tempo recreativo de tela e duração adequada do sono), por crianças de 0 a 5 anos, era de 19,28%, caindo para 3,58% durante a pandemia. O que evidenciou a baixa adesão, antes mesmo do isolamento social, por crianças brasileiras. Países de baixa e média renda devem investir em serviços de saúde destinados à primeira infância, uma vez que continuam a apresentar alta proporção de crianças que não atingem todo o seu potencial de desenvolvimento (Black et al., 2016; Black et al., 2017). Assim, é essencial monitorar o progresso geral dessa população e aperfeiçoar as políticas públicas. Diante da lacuna na literatura científica a respeito do impacto dos hábitos de vida sobre o neurodesenvolvimento das crianças (OMS, 2019, Oliveira et al., 2021), o objetivo dessa pesquisa foi avaliar a influência da prática de atividade física, do uso de mídias e da qualidade de sono para o desenvolvimento infantil saudável. As hipóteses foram de que realizar atividade física favorece o desenvolvimento infantil. Por outro lado, o uso de telas e o sono irregular e insuficiente, durante a primeira infância, prejudicam a aquisição de habilidades neuropsicomotoras.

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    Palavras-chave

    Atividade física; Uso de telas; Qualidade do sono

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