AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE ECONOMIA SOLIDÁRIA PARA O BEM-VIVER: O CONSUMO CONSCIENTE COMO ESTRATÉGIA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Esse artigo apresenta os avanços e os desafios para as politicas públicas de Economia Solidária, no período de 2010 a 2016, referente a perspectiva do consumo para o bem-viver e sua relação com a possibilidade de um desenvolvimento sustentável na sua base territorial. O objetivo é oferecer um panorama das políticas públicas concernentes ao consumo consciente e seu impacto na organização de outra economia, em um momento histórico de crise moral, política e econômica que perpassa o país. Segundo Euclides Mance o consumo diz respeito à questão econômica, ética e política, na medida em que a pessoa que consome (produto ou serviço) pode reforçar a exploração de seres humanos ou promover o equilíbrio do sistema e por isso a pessoa é corresponsável pelos efeitos de suas escolhas. Nesse sentido, consideramos o consumoum exercício de poder, cuja prática pode favorecer a desconcentração da riqueza ou o desenvolvimento socialmente sustentável. A prática do consumo consciente, segundo os princípios da Economia Solidária, diz respeito à adoção de preços justos, negociações democráticas entre produtores e consumidores nas redes colaborativas solidárias, critérios éticos nas relações sociais e de mercado, remuneração equitativa do trabalho e preços acessíveis aos consumidores. Escolhemos relacionar a prática do consumo com um processo educativo que suscite o bem-viver coletivizado