ANÁLISE MORFOLÓGICA E CITOTÓXICA DE CÉLULAS DE MAMÍFEROS INFECTADAS POR BACULOVÍRUS ACMNPV RECOMBINANTES EXPRESSANDO PROTEÍNAS SUPRESSORAS DE SILENCIAMENTO GÊNICO: PROTEINAS SUPRESSORAS DE SILENCIAMENTO GENICO

No presente trabalho, analisou-se manifestações de citoxicidade em linhagens de células de mamíferos: leucócitos, hepatócitos e esplenócitos do roedor Mesocricetus auratus (Hamster-Sírio), infectadas por diferentes baculovírus recombinantes derivado de AcMNPV Autographa californica multiple nucleopolyedrovirus: vAcNS1 que expressa a proteína NS1 de Influenza A; vAcNSs, que expressa a proteína NSs de um tospovírus TSWV Tomato spotted wilt vírus; vAcAC2, que expressa a proteína AC2 de um begomovírus. Foi realizado o ensaio de MTT (brometo de 3-[4,5-dimetil-tiazol-2-il]-2,5- difeniltetrazólio) para medir a citotoxicidade causada pela presença de vírus nas células. Os dados obtidos foram coletados em leitor de Elisa (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay) sendo expressos em porcentagem de viabilidade celular em relação ao controle. Hepatócitos de Hamster-sírio infectados com o baculovírus recombinante vAcNS1 apresentou uma redução na viabilidade, de 78,3%, aproximadamente, 1,2 vezes menor que o controle, sendo que células não infectadas de hepatócitos apresentaram 92,3% de viabilidade celular. Posteriormente, os mesmos experimentos foram realizados com leucócitos do sangue humano, infectados pelos recombinantes vAcNS1, vAcAC2 e vAcNSs. Análises morfológicas foram observadas das células infectadas e não-infectadas sob microscopia de luz e foto documentadas. Constatou-se que o selvagem AcMNPV e os recombinantes vAcNSs e vAcAC2 não interferiram nas atividades biológicas das células humanas. Deste modo, os dados mostraram que o baculovirus vAcNS1 resulta em citotoxicidade celular e na eventual morte das células humanas infectadas sugerindo uma nova ação para a proteína NS1 expressa por um baculovírus.