ADIÇÃO DE FLUORETO NO TRATAMENTO DE ÁGUA E SUA IMPORTÂNCIA NA SAÚDE BUCAL

A bioquímica estuda os fenômenos químicos que ocorrem nos seres vivos. A fluoretação de água para consumo humano é estudada pela química e odontologia. A saliva é um sistema de tampões de pH próximo ao neutro. O esmalte dos dentes interage quimicamente com a saliva trocando íons, em sucessivas desmineralizações e remineralizações. Bactérias do meio bucal produzem ácido lático, que reduzem o pH para <5,5 e dissolvem o fosfato de cálcio que compõem o esmalte dos dentes, na forma de hidroxiapatita, formando as cavidades da cárie. O fluoreto da saliva reage com a hidroxiapatita do esmalte do dente, formando a flurapatita, que resiste até o pH=4,5. É possível adicionar fluoreto ao meio bucal por aplicações tópicas de substâncias fluoretadas. A ingestão de água fluoretada pode adicionar fluoreto ao meio bucal, favorecendo a formação de flurapatita, mais resistente e evitando a doença cárie. O ácido fluossilícico é a fonte de fluoreto mais usada para fluoretação de água para consumo humano. A química da fluoretação de água é ampla e alvo de muitos estudos. Empresas de tratamento de água mantêm controle rígido sobre a dosagem de flúor na água tratada. Alimentos naturais, industrializados e remédios possuem consideráveis teores de flúor. As doenças fluorose dentária e óssea são causadas por ingestão de doses excessivas de flúor. É possível retirar quimicamente o flúor de águas naturais para que se tornem próprias ao consumo humano. A universalização da educação para a saúde bucal pode tornar dispensável o uso de flúor na água tratada.