ADAPTAÇÕES ANATÔMICAS DA COLUNA VERTEBRAL PÓS TRAUMA: UM RELATO DE CASO

Introdução: As fraturas da coluna vertebral são importantes causas de morbidade e mortalidade nos dias atuais. É crescente o número de pacientes que chegam à emergência vítimas de lesões graves, podendo evoluir com sequelas irreversíveis, que atingem não só o paciente e a sociedade levando a altos custos para o país. A incidência de lesão neurológica no trauma raquimedular é de 40% em fraturas cervicais, 20% em fraturas torácicas e 15% nas fraturas lombares. Sendo mais frequente em pacientes do sexo masculino, por estes serem mais expostos a acidentes automobilísticos de alta energia e a violência urbana. Estes números, associados ao alto custo econômico e social, transformam a lesão vertebral em um dos mais críticos problemas de saúde pública. A literatura científica existente no Brasil fornece pouca informação sobre dados epidemiológicos das fraturas vertebrais em seus diversos aspectos; este fato dificulta a implementação de políticas de prevenção e assistência aos pacientes acometidos por este trauma. Objetivo: O presente trabalho tem o objetivo de relatar um caso de alterações/adptações morfológicas na coluna vertebral após um trauma e suas implicações nas atividades da vida diária (AVD’s) da paciente. Método: Este relato apresenta o caso de uma paciente de 28 anos, do sexo feminino, com diagnóstico por meio de radiografia e tomografia computadorizada do tórax e dorso, confirmando fratura na clavícula direita, em varias vertebras dorsais e no corpo da escapula direita. Foi submetida a procedimentos cirúrgicos para estabilização do quadro e acompanhada pós cirurgia no Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena. Resultados: A paciente foi vítima de acidente automobilístico, o que acarretou em lesão estrutural da coluna vertebral (visto em exames de imagem, já mencionados). Pela gravidade e características da lesão, principalmente na fratura cominutiva do corpo vertebral de T7 assoiado a anti listese grau 3 de D6 sobre D7 era esperado que houvessem mais sequelas, tanto motoras quanto sensitivas, entretanto, houve uma adaptação das vértebras e da medula espinhal. E a paciente apresenta independência para realização das atividades da vida diária (AVD`s). Conclusão: Apesar das alterações morfológicas vistas nos exames de imagem, foi observado uma adaptação estrutural das vértebras sem que houvesse comprometimento na motricidade e sensibilidade e, dessa maneira, proporcionando que a referida paciente, sem prejuízo para realização das atividades da vida diária.