AÇÃO DOS HERBICIDAS NO METABOLISMO DAS PLANTAS

O Brasil, um dos maiores produtores e exportadores agropecuários do mundo, depende do uso intensivo de sementes transgênicas e insumos químicos, como fertilizantes e agrotóxicos, para atender à demanda. Em 2022, o país registrou 652 novos agrotóxicos, sendo a maioria herbicidas, que representam cerca de 60% dos pesticidas utilizados. Esses produtos são essenciais para proteger as culturas e garantir o rendimento agrícola, mas seu uso intensivo gera preocupações sobre os impactos ambientais e à saúde, tornando fundamental o estudo de seus mecanismos de ação nas plantas. O objetivo desta revisão é identificar os principais mecanismos de ação dos herbicidas e os seus efeitos nas plantas. Herbicidas atuam de diferentes formas, como a inibição de enzimas chave, como a acetolactato sintase, a enzima acetil CoA carboxilase, a enzima 5-enolpiruvilshikimate-3-fosfato sintase, a enzima protoporfirinogênio oxidase que comprometem a síntese de aminoácidos essenciais e reduzem a fotossíntese, levando à morte das plantas. Além disso, herbicidas mimetizadores de auxinas causam desequilíbrios hormonais, promovendo crescimento desordenado e afetando a estabilidade celular vegetal. E os inibidores do fotossistema II bloqueiam o transporte de elétrons, interrompendo a fixação de CO2 provocando sintomas visíveis rapidamente após a aplicação. Conclui-se que compreender esses mecanismos é crucial para escolher o herbicida adequado, prevenir a resistência e garantir a eficácia no controle das plantas.