A TRAJETÓRIA FORMATIVA E O PROCESSO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO DOS JOVENS EM RISCO NUM LAR DE ACOLHIMENTO PORTUGUÊS

Abordamos o tema dos jovens em risco portugueses institucionalizados, num Lar de Acolhimento, os quais frequentam o sistema educativo português, realizando seu percurso educativo/formativo. Efetuámos uma pesquisa de metodologia qualitativa (modalidade de estudo de caso), numa amostra N=11 jovens existentes na instituição de acolhimento (ADME-Castelo Branco), no ano de 2022-23, estabelecendo os seguintes objetivos: conhecer percepção dos jovens quanto à sua institucionalização; perceber a integração e relações dos jovens no contexto escolar; identificar as dificuldades de aprendizagem dos jovens no seu percurso educativo, no desempenho e rendimento acadêmico; compreender papel dos técnicos da instituição na trajetória formativa e projeto de vida dos jovens; analisar colaboração entre instituição acolhimento e professores das escolas. Utilizámos seguintes técnicas de recolha de dados: observação documental e participante; entrevistas semiestruturadas; notas de campo; ‘Focus Group’. Fizemos análise de conteúdo e triangulação dos dados que confirmaram a importância da interação dos técnicos da instituição e professores no percurso escolar/formativo dos jovens no desenvolvimento das competências (básicas e específicas) e da autonomia, para além da boa colaboração entre ‘ADME-escolas’ na sua integração e relações interpessoais (convivência). Há que promover uma intervenção abrangente, que envolva todos os intervenientes, incluindo os pais, favorável à construção dos seus projetos de vida.