A TRADIÇÃO VERSUS MODERNIDADE CONJUNTAS À ARTE PELA ARTE: A SEMIÓTICA DISCURSIVA NO CONTO “A INFINITA FIADEIRA” DE MIA COUTO

No presente estudo, intitulado: A tradição versus modernidade conjuntas à arte pela a semiótica discursiva no conto “A infinita fiadeira” de Mia Couto, propomos analisar a perspectiva da estética da arte e suas implicâncias sociais no conto em pesquisa, considerando o confronto entre a tradição e a modernidade vivido por uma personagem feminina – aranha – cuja cultura social metaforiza, no enredo, o universo sócio-histórico moçambicano. Essa análise de cunho semiótico será desenvolvida por meio de uma pesquisa de cunho bibliográfico, na qual faremos a inter-relação entre o conto analisado aos estudos com temáticas afins ao assunto, a saber: estudo sobre a arte, semiótica discursiva, o fazer literário, a tradição e a modernidade conjuntas às questões de poder e gêneros masculinos e femininos no contexto tradicional de Moçambique. É concluso, a princípio, ponderar que a personagem feminina – aranha – escapa ao protótipo social feminino, uma vez que é pressuposto que fora criada para submissão aos costumes da família tradicional, porquanto as questões sociais envoltas no contexto patriarcal encontram-se, essencialmente, incorporadas na vivência da personagem mediante os conflitos narrados no conto.