A TAXA NEUTRÓFILO POR LINFÓCITO (NLR) TEM VALOR PROGNÓSTICO EM GLIOMAS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Estudos recentes exploram o papel de alguns leucócitos e outros marcadores de inflamação nos resultados clínicos associados ao desenvolvimento e progressão de gliomas, dentre eles há a taxa neutrófilo por linfócito (NLR). Este trabalho tem como propósito compreender, através de pesquisa científica, a equivalência entre as relações quantitativas de neutrófilos/linfócitos e os desdobramentos no prognóstico dos pacientes. Revisão Integrativa da literatura na base dados PubMed das produções dos últimos 11 anos. Os descritores utilizados foram: “glioma”, “glioblastoma”, “NLR”, “neutrophil to lymphocyte ratio” e “prognostic”. Foram selecionados 16 artigos ao final das etapas de busca. Sendo o ano de 2019 o mais prevalente com 31.25% das publicações, seguido pelos anos de 2017 e 2018 que constam cada ano com 18.75%. Em relação aos países de origem dos estudos, 50% foram conduzidos na China, seguido pelos estudos realizados na Turquia com 25%, entre outros. Por conseguinte, é assertivo que uma alta taxa de NLR revela pior prognóstico em pacientes com gliomas. Tal afirmativa parte de duas considerações: (1) a taxa varia de acordo com o grau do glioma, sendo que gliomas de grau III e IV têm, na maioria dos casos, NLR maior que os gliomas de baixo grau (I e II) e (2) a sobrevivência geral dos indivíduos com baixo NLR é consideravelmente maior que naqueles com alto. O NLR tem importante valor como um biomarcador prognóstico de baixo custo e confiável, entretanto, é necessário que mais estudos sejam realizados buscando um ponto de corte do NLR em comum.