A INFLUÊNCIA DA MICROBIOTA NO COMPORTAMENTO DE UMA CRIANÇA COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

Este estudo teve por objetivo analisar o desenvolvimento e o comportamento de crianças portadoras do transtorno do espectro autista (TEA) em relação à composição da microbiota e alimentação. Como métodos utilizou-se as bases de dados PubMed, Scielo, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), no portal da CAPES e Elsevier. Para sintetização dos resultados foram estabelecidos três subtítulos com temas pertinentes ao objetivo do estudo. Os resultados apresentaram que dezessete pesquisas foram incluídas na elaboração do estudo em questão. Crianças portadoras do TEA, em sua maioria, apresentam o quadro de seletividade alimentar e, tal característica corrobora com a defasagem de culturas microbianas que compõem o trato gastrointestinal do indivíduo. Esse perfil impacta não apenas nos sintomas diretamente ligados ao funcionamento intestinal das crianças mas está diretamente relacionado com a modulação da microbiota e perfil inflamatório de um indivíduo. Além disso, o perfil inflamatório está também relacionado com o eixo intestino-cérebro e, por esse motivo, quanto maior o grau de inflamação de uma criança com TEA, maior serão as dificuldades de controle do quadro comportamental. Conclui-se que alimentação impacta diretamente na qualidade de vida de uma criança portadora do TEA e, quanto maior o grau de seletividade, maiores serão os impactos na vida da mesma, uma vez que a baixa ingestão de fibras e a pobreza de colônias microbianas influencia diretamente nos sintomas gastrointestinais e comportamentais do indivíduo.