A DESCARACTERIZAÇÃO DA PROFISSÃO DOCENTE RESULTANTE DAS DESIGUALDADES DE GÊNERO

Atualmente novos desafios vêm sendo enfrentados pelas mulheres na sociedade, principalmente no mercado de trabalho, o que justifica o desrespeito e a desvalorização da profissão docente. A feminização do magistério se deu por diferentes fatores, a partir do século XIX, quando a mulher teve o direito de atuar no espaço público deixando de realizar apenas tarefas domésticas e sua função maternal. No entanto, as dificuldades impostas pela sociedade patriarcal ainda estão fortemente presentes hoje em dia. Por isso, o objetivo deste artigo é analisar as influências das desigualdades de gênero como um elemento da descaracterização da profissão docente, além de apontar os motivos que levaram à feminização do magistério, fazendo com que tal profissão se tornasse exclusivamente característica feminina na sociedade. O estudo bibliográfico fundamenta-se em princípios teóricos pautados em artigos científicos e livros considerando renomados autores da área, face à abordagem esclarecedora da importância de reconhecimento da profissão docente. Cabe às mulheres e à sociedade, em geral, enfrentarem as desigualdades de gênero, lutando contra os determinismos sociais, buscando a igualdade de gênero e o empoderamento feminino. Só assim serão atingidos alguns dos objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda da ONU: alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas até 2030. Sem a equidade e a disrupção tão desejadas nas escolas e no mercado de trabalho a mudança torna-se um mero engano.