AGRICULTURA ÓRGANO-BIOLÓGICA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS ATUAIS (COLETÂNEA INTERDISCIPLINAR)
AGRICULTURA ÓRGANO-BIOLÓGICA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS ATUAIS (COLETÂNEA INTERDISCIPLINAR)
978-65-5360-557-2
2024
180
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Reinaldo Pacheco dos Santos
Santos, Reinaldo Pacheco dos
Naira Christianne Dantas Araújo de Almeida
Almeida, Naira Christianne Dantas Araújo de
Clecia Simone Gonçalves Rosa Pacheco
Pacheco, Clecia Simone Gonçalves Rosa
Márcia Bento Moreira
Moreira, Márcia Bento
No Brasil e em países de língua anglo-saxônica, convencionou-se denominar de agricultura orgânica a prática agrícola conhecida como biológica em países de língua latina, como França, Itália e Portugal. Já em países como Espanha, Dinamarca e Suécia, é referida como ecológica, e no Japão é chamada de natural. A definição dada à agricultura orgânica e biológica é convergente, caracterizando-se como um sistema de produção que evita ou exclui o uso de fertilizantes, pesticidas, reguladores de crescimento e aditivos sintéticos para alimentação animal, entre outros aspectos. Neste aspecto, o sistema órgano-biológico traz diversas vantagens, como a produção de alimentos livres de agrotóxicos, a prática da reciclagem do solo, o cuidado com o equilíbrio do solo e o uso de sistemas naturais para controle biológico. Além disso, o solo é considerado um sistema vivo, com um enfoque holístico que valoriza os ciclos biológicos, visando a sustentabilidade social, ambiental e econômica da unidade. Também proporciona maior qualidade aos produtos, através de uma abordagem técnica que promove um relacionamento equilibrado com o meio ambiente. Deste modo, esta obra tem sua gênese associada à componente curricular “Agroecossistemas Sustentáveis no Bioma Caatinga” ofertada no Curso de Pós-Graduação (Doutorado Profissional) em Agroecologia e Desenvolvimento Territorial da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf – Campus Juazeiro/BA). Dentre as atividades solicitadas pelas docentes responsáveis estava a necessidade de apresentar um Produto Técnico Tecnológico, que convencionou-se a produzir esta obra. Sendo assim, a obra está organizada por dois doutorandos e suas respectivas orientadoras. Sua construção se deu através de um processo de cooperação entre pesquisadores, docentes e discentes, essencialmente graduandos e pós-graduandos, que buscam qualificar as discussões nesta temática. Resulta também de movimentos e ações interinstitucionais de promoção da pesquisa e expansão, reunindo pesquisadores de diversas instituições de ensino superior públicas e privadas, das mais diversas áreas do conhecimento e de abrangência nacional e internacional. O Volume I da obra Agricultura órgano-biológica: desafios e perspectivas atuais (Coletânea Interdisciplinar) traz a contribuição de instituições de pesquisas e de redes e grupos de pesquisa focados em promover a capacitação de agricultores, agroecólogos, ambientalistas e extensionistas. Tem como objetivo coordenar atividades que valorizem o sociodesenvolvimento das sociedades atuais e futuras através da produção e socialização de conhecimentos, saberes e experiências diversas que permitam o desenvolvimento rural mais sustentável e a transição para estilos agrícolas de base ecológica. Neste volume se discute temas como: agrofloresta e multifuncionalidade no Sertão de Exu - Pernambuco – Brasil, trazendo um recorte de um relato de experiência de um cultivo orgânico; Novas territorialidades e agroecologia a partir de um relato de experiência de uma imersão agroecológica realizada no território da Chapada do Araripe. A obra traz ainda um Guia Didático sobre práticas regenerativas em agricultura dependente de chuva, pontuando observações em um sistema agroflorestal localizado na comunidade do Capim, Petrolina-PE. Também discute sobre “Cultivar Sustentabilidade” como desafio e perspectiva na agricultura órgano-biológica; e, ainda debate a agricultura familiar e os desafios da transição agroecológica a partir da Matriz Swot. Para além disso, também discorre sobre sustentabilidade dos agrossistemas baseados na transição agroecológica, traçando um diálogo baseado em teóricos como Macrae, Hill e Gliessman. E por último, e não menos importante, avalia os impactos da agricultura convencional no solo, na água e nos processos de produção agrícola, reiterando a necessária transição agroecológica, principalmente em territórios paleodunares do Estado da Bahia. Gostaríamos de parabenizar os autores pela dedicação, interesse e colaboração na criação desta obra, e esperamos que este volume inicial se torne uma ferramenta essencial para orientar e promover a pesquisa e a extensão agropecuária para estudantes, professores, agricultores, comunidades rurais, movimentos socioambientais e qualquer ator social interessado nos temas abordados.
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