A CONSTRUÇÃO DE BRASÍLIA NAS TRAMAS DE IMAGENS E MEMÓRIAS PELA IMPRENSA ESCRITA (1956-1960)

Proponho-me a apresentar o presente texto, definindo-o em seu itinerário de concepção e de efetivação, itinerário que se traduz, em um autêntico roteiro. Este roteiro consiste em: 1) Dar a conhecer quem o escreve; 2) explicitar as motivações de sua idealização; 3) delinear os objetivos que se quer alcançar e 4) apresentar por quais meios se dará a sua efetivação. Tenho, portanto, o intuito de compreender a multiplicidade de sentidos, e a polissemia dos significados da construção da atual capital do Brasil, focalizando o período entre 1956 e 1960, por meio de uma análise das matérias jornalísticas responsáveis pela edificação da cidade. Almejo, portanto, interpretar o processo de aparição e feitura de Brasília, abordando a imaginação favorável e contrária ao empreendimento do governo JK, aos quais chamarei imaginário mudancista e imaginário antimudancista. Ademais, trago em mente a ideia de uma teatralidade que perpassa toda a história da edificação de Brasília, possibilitando a analogia com roteiro que inclui cortinas, atos e entreatos.