VARIAÇÃO DO MÓDULO DE ELASTICIDADE LONGITUDINAL APARENTE EA EM FUNÇÃO DA RELAÇÃO VÃO LIVRE-ALTURA L/H EM PEÇAS DE MADEIRA

Este trabalho teve por objetivo obter a menor relação vão-altura (L/h) para determinar o módulo de elasticidade longitudinal aparente Ea em peças de madeira sem a ocorrência de deformações de cisalhamento. Os resultados experimentais foram ajustados a modelos teóricos que utilizam a técnica de platô de resposta utilizando modelos de regressão segmentada. Foram utilizados corpos de prova de seção nominal 5 cm x 5 cm e comprimento de 140 cm, retirados aleatoriamente de vigas de três espécies de madeira: 144 de peroba-rosa (Aspidosperma polyneuron), 72 de eucalipto tereticornis (Eucalyptus tereticornis) e 72 de jatobá (Hymenaea courbaril L.). As forças foram aplicadas nas direções tangencial e radial da madeira, cujo teor de umidade encontrava-se acima do ponto de saturação das fibras. As relações L/h escolhidas para os ensaios à flexão estática foram 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20, 22, 24 e 26. Conclui- se que a relação L/h igual a 21, atualmente preconizada na norma brasileira de projetos de estruturas de madeira NBR 7190, pode ser reduzida para L/h igual a 19 com aplicação de força tangencial aos anéis de crescimento da madeira no ensaio de flexão estática a três pontos.