USO ETNOBOTÂNICO DE PALMEIRAS NA AMÉRICA DO SUL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Code: 230814191
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Título

USO ETNOBOTÂNICO DE PALMEIRAS NA AMÉRICA DO SUL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Autores(as):
  • Priscila Ramos Gonçalves

    Gonçalves, PR

  • Jhonathan De Oliveira Silva

    Silva, JO

  • Priscyla Maria Silva Rodrigues

    Rodriges, PMS

  • Ernani Machado De Freitas Lins Neto

    Lins-Neto, EMF

DOI
10.37885/230814191
Publicado em

30/10/2023

Páginas

157-177

Capítulo

10

Resumo

Introdução: As palmeiras possuem ampla distribuição e são fontes de matéria prima para construção, alimentação, comércio e uso medicinal. A forma e intensidade de uso variam com o conhecimento e a necessidade de cada região, com o nível de escolaridade e acesso ao sistema de saúde. Métodos: A fim de identificar: Quais os biomas e/ou países mais estudados; os gêneros de palmeiras mais estudados; os principais tipos de uso e os órgãos mais utilizados; e as condições socioeconômicas da população extrativista em relação ao sexo, idade e escolaridade? foi realizada uma revisão sistemática da literatura dos últimos trinta anos, com busca através de termos padronizados nas bases de dados, Web of Science, Scopus e Scielo. Os artigos encontrados foram avaliados obedecendo critérios de inclusão e exclusão, seguindo o protocolo Prisma. Foram selecionadas 65 publicações, das quais a maioria foi publicada entre 2011 e 2021. Resultados: O bioma mais estudado foi a Amazônia (15 estudos) e o país foi o Brasil com 45 estudos. Ao todo, 269 espécies pertencentes a 47 gêneros foram citadas nos artigos. Os gêneros mais citados foram: Geonoma, Bactris, Attalea, Astrocaryum, Aiphanes, Desmoncus, Wettinia e Syagrus, com categorias de uso voltadas para construção, alimentação, cultural e medicinal. Os frutos foram os órgãos mais citados (71,8%), seguidos das folhas, caule, raiz e sementes. As condições socioeconômicas das populações estudadas apresentaram um maior número de mulheres participantes dos estudos, o nível de escolaridade não foi abordado na maioria dos artigos (69,2%) o que dificultou a interpretação da condição socioeconômica. A idade dos participantes variou entre 15 e 93 anos, em que os mais velhos tiveram maior conhecimento sobre os usos. Nesse estudo foi possível identificar os principais gêneros, órgãos, tipos de uso e as condições socioeconômicas das comunidades extrativistas de palmeiras. Entretanto, a falta de padronização nos termos utilizados e ausência de estatística descritiva (e.g., tamanho amostral, média e desvio padrão) foi um fator limitante deste trabalho, sendo necessária uma padronização da nomenclatura utilizada na literatura. Conclusão: A ausência de padronização não permitiu a aplicação de uma abordagem de revisão meta-analítica. O nosso estudo pode servir de base para destacar o conhecimento de palmeiras na América do Sul e direcionar futuras pesquisas e ações de conservação.

Palavras-chave

Arecaceae. Condição socioeconômica Etnoecologia. Produto florestal não-madeireiro; Sustentabilidade

Autor(a) Correspondente
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