URBANIZAÇÃO E TRANSFORMAÇÕES DA REDE HIDROGRÁFICA: O EXEMPLO DO RIO PARAIBUNA, EM JUIZ DE FORA/MG

No presente artigo são apresentados alguns resultados das investigações que temos realizado, através do projeto de pesquisa intitulado “Produção cartográfica de Juiz de Fora no século XIX”, ligado ao programa de bolsas de Iniciação Científica (BIC), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), tomando como fonte principal o documento cartográfico intitulado “Planta topográfica da Colônia D. Pedro II e da Estação de Juiz de Fora da Companhia União Indústria”, produzida no final da década de 1850, logo após a criação do município. O objetivo principal da pesquisa foi trabalhar com essa planta, que abrangia as terras pertencentes a Comendador Mariano Procópio Ferreira Lage, promover seu georreferenciamento e explorar as muitas informações nela disponíveis, utilizando as ferramentas do software de geoprocessamento livre denominado Quantum GIS (QGIS), nas versões QGIS 3.22. Nos aprofundamos no estudo e entendimento da rede hidrográfica que a cidade tinha naquele momento, dirigindo especial interesse ao Paraibuna, rio que corta toda área urbana de Juiz de Fora e que foi totalmente transformado por uma série de intervenções humanas, realizadas ao longo do tempo. A partir daí foram realizados alguns estudos sobre a principal característica do rio naquele momento, hoje inexistente, que era a presença de seus inúmeros meandros, bem como a elaboração de cartogramas, comparando o traçado e as características do rio daquele período com o momento atual.