TRANSPLANTE HEPÁTICO: COMPLICAÇÕES BILIARES PÓS-OPERATÓRIAS

INTRODUÇÃO: O transplante hepático (THx) é uma intervenção cirúrgica complexa, viável após falha ou insuficiência de recursos terapêuticos convencionais. É um método moderno, entretanto, os pacientes podem vivenciar um pós-operatório passível de complicações biliares, desencadeadas por trombose da artéria hepática, rejeição celular aguda, tempo de isquemia do órgão transplantado, infecção por citomegalovírus e imunossupressão, os quais são capazes de limitar a sobrevida e o sucesso cirúrgico. OBJETIVOS: Apresentar as possíveis complicações biliares pós-transplante hepático. MÉTODOS: O estudo foi obtido pelas bases de dados Lilacs e Google Acadêmico, no período de 2017-2021, com uso dos descritores: “transplante hepático”, “pós-operatório” e “complicações biliares”. Por critérios de relevância, 31 artigos foram excluídos e apenas 4 selecionados. RESULTADOS: As complicações biliares, especialmente estenoses e fístulas, estão presentes em mais de 25% dos pacientes submetidos ao THx. Foi observado que aqueles que realizaram transplante intervivos são mais acometidos que os cadavéricos, pois a saúde do doador também interfere. Além disso, características do doador, como idade superior a 60 anos; rejeição aguda do enxerto, imunossupressão, incompatibilidade ABO e fatores técnicos podem contribuir para as complicações, necessitando de tratamentos intervencionistas, como procedimentos percutâneos, endoscópicos e cirúrgicos, sendo os dois primeiros mais utilizados, porém com resolutividade de apenas 45%. CONCLUSÃO: As intercorrências biliares são as principais complicações pós-operatórias de THx. Atualmente a primeira escolha para reverter esses quadros são as intervenções endoscópicas e percutâneas. Dessa forma, inovações intervencionistas são necessárias visto que uma parcela dos pacientes segue sofrendo acometimentos biliares após a cirurgia.