TOXICIDADE AGUDA DA AMÔNIA TOTAL (NH3 + NH4+1) FRENTE A ALEVINOS DE TAMBAQUI

a presente pesquisa teve como objetivo a determinação da toxicidade aguda da amônia não ionizada (NH3) frente a alevinos de tambaqui com intuito de gerar dados que auxiliem os piscicultores com relação ao transporte e cultivo dos mesmos. Método: as concentrações de NH3 testadas para a determinação da concentração letal de 50 % dos indivíduos foram: 0,0 mg/L (água de poço semi artesiano); 0,075 mg/L; 0,15 mg/L; 0,3 mg/L; 0,6 mg/L; 1,2 mg/L; 2,4 mg/L; 4,8 mg/L; 9,6 mg/L; 19,2 mg/L e 38,4 mg/L. Resultados: observou-se que todos os alevinos submetidos as concentrações de 9,6 mg/L; 19,2 mg/L e 38,4 mg/L morreram nas primeiras 34 h do experimento, sendo a CL50,96 horas de 7,76 mg/L. Os tempos de letalidade de 50 % (TL50,96 horas) dos indivíduos foram de 1h 34 min para a concentração de 38,4 mg/L; de 20 h para a concentração de 19,2 mg/L e 33 h para a concentração de 9,6 mg/L. Conclusão: O valor determinado para a CL50,96 horas, determinada no presente estudo sugere que os alevinos desta espécie de peixe possuem grande resistência a elevadas concentrações de amônia na água comparado a outras espécies tropicais, provando ser uma espécie de grande potencial para produção aquícola por sua rusticidade quanto às variações limnológicas, bem como, sua excelente adaptação às condições do meio. Verificou-se também que está espécie é mais suscetível a altas concentrações de NH3 do que ao tempo de exposição, pois nas concentrações de 0,075 a 4,8 mg/L não foi registrada mortalidade.