TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO HOJE? CULTURA E EPISTEMOLOGIA TEOLÓGICA, REIVINDICAÇÕES SOCIAIS E UNIVERSALIZAÇÃO DA OPÇÃO PREFERENCIAL

Há muito se questiona sobre o paradeiro da Teologia da Libertação. Alguns grupos dirão que o movimento está morto. Ao mesmo tempo, diversos teólogos sustentarão uma vivida moção de espírito. Com as mudanças na cultura teológica, torna-se importante perguntar se não será, porventura, apenas uma tendência de universalização de perspectivas. Objetivo: nesse sentido, o presente artigo desejo refletir, a partir da relação entre a teologia, a religiosidade e as reivindicações sociais, se há – ou não – uma opção preferencial e/ou uma Teologia da Libertação na atualidade. Método: a metodologia empregada, por sua vez, é bibliográfica com análise e discussão de conteúdo. Para tanto, levar-se-á em conta pesquisas sobre a operação própria da teologia latina, o papel do cristão na sociedade e as reflexões críticas sobre a epistemologia teológica vigente e em produção. Resultados: é possível notar, a partir do movimento natural de transformação dos saberes, bem como do surgimento das teologias públicas e da percepção da necessidade de universalização do compromisso com os pobres para além de uma corrente teológica, que a Teologia da Libertação aparece, vista de uma concepção hermenêutica específica, com considerável vigor entre os movimentos teológicos. Conclusão: assim, é plausível afirmar que seu legado e história, portanto, atualizam-se, quer seja pelo estudo e valorização de seu passado, quer seja pelas tentativas, explícitas ou implícitas, de atualizar e dar continuidade em um projeto único e essencial para o cristianismo.