TENDÊNCIAS DA FORMAÇÃO DOCENTE PARA O ENSINO TECNOLÓGICO: PERSPECTIVAS FORMATIVAS DOS ÚLTIMOS 10 ANOS (2012-2021)

O Brasil tem vivenciado, na última década, grandes avanços nas áreas sociais, econômicas e tecnológicas. Todas essas mudanças são refletidas dentro do contexto das instituições escolares e nos próprios processos de ensino-aprendizagem. Isso coloca em evidência o papel da formação docente para o desenvolvimento de profissionais capacitados e habilitados a lidarem com essas transformações (ROSA e NASCIMENTO-E-SILVA, 2022a; 2022b). Com base nessa constatação inicial, tem-se observado como a formação de professores passou a ser vista como uma ação estratégica no atendimento as demandas sociais e educacionais colocadas sobre o contexto escolar. Assim, esta pesquisa se apresenta com o objetivo de identificar as principais tendências no processo de formação de professores para atender ao ensino tecnológico, com base nos últimos 10 anos. E foi colocado como questão norteadora a seguinte indagação: quais as tendências existentes nos processos formativos de professores para ensino tecnológico nos últimos 10 anos? Metodologia: O trabalho foi desenvolvido através das quatro etapas iniciais do método científico-tecnológico (NASCIMENTO-E-SILVA, 2019), a saber: a identificação da questão norteador, a coleta de dados, organização dos dados e a estruturação da resposta. Além disso o trabalho foi desenvolvido em caráter qualitativo. Resultados e discussão: A literatura cientifica permitiu a identificação das tendências acerca formação de professores para o ensino tecnológico nos últimos 10 anos. Sendo elas: 1) A primeira tendência está relacionada à formação de professores para o ensino tecnológico como uma ação processual; que auxilia o professor a desenvolver habilidades e competências ao longo do tempo para o exercício da docência (GAIA et al, 2016; ANDRADE, GONZAGA e AZEVEDO, 2016; ROCHA e AZEVEDO, 2018; e, PRODANOV, RIVA e VOLMER, 2021). 2) A segunda coloca a formação de professores como uma ação formativa. Que forma o sujeito a partir de aprendizagens, conhecimentos e saberes para o exercício da docência (FERRARI JÚNIOR, 2018; MAQUINÉ e AZEVEDO, 2018; PEREIRA, 2019; GAIA et al 2016; PEREIRA, 2019; e, PRODANOV, RIVA e VOLMER, 2021). 3) A tendência de que a formação deve ser baseada em ação-reflexão, que o processo formativo deve auxiliar aos professores a exercer a prática da reflexão (GAIA et al 2016; COSTA, DEL PINO e AZEVEDO, 2018; AZEVEDO et al., 2018; AZEVEDO et al, 2018; COSTA, DEL PINO e AZEVEDO, 2018; ANDRADE et al. 2017; LIMA, 2016; PRODANOV, RIVA e VOLMER, 2021; e, PRODANOV, RIVA e VOLMER, 2021). E, 4) a quarta tendência está relacionada a defesa de que esse processo formativo ocorra de forma integral, relacionando os vários campos de conhecimentos, experiências e saberes dos professores (ANDRADE, GONZAGA e AZEVEDO, 2016; SANTOS et al, 2020; BARROS et al. 2017; ROCHA e AZEVEDO, 2018; PEREIRA, 2019; e, GAIA et al 2016).