TECITURAS ENTRE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, DOCÊNCIA E A FORMAÇÃO DO PEDAGOGO

O artigo versa sobre alguns momentos históricos da Educação Matemática no Brasil e a trajetória do pedagogo como professor(a) que ensina todos os componentes curriculares nos anos iniciais, inclusive a matemática. O objetivo é compreender o papel do pedagogo na educação matemática. Para isso, utilizou-se a revisão bibliográfica qualitativa. O artigo se apoia nas ideias de Miorim (1998), Dias (2002), Miguel et al (2004), Corte e Wiebusch (2014), Curi (2005), Guimarães (2004), Tardif (2010), entre outros. Abordaremos a trajetória histórica desse profissional, desde o período regencial até a atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira - LDB, na qual identifica-se a influência dos países estrangeiros na educação brasileira, na luta pelo reconhecimento profissional. Assim, o pedagogo passou a ser reconhecido como polivalente, devido a atribuição da sua formação, de ensinar todos os componentes curriculares nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Na trajetória da matemática e Educação Matemática, percebe-se alguns isolamentos ou distanciamentos epistemológicos na formação e atuação docente do pedagogo e do licenciado em matemática, que provoca certa ausência de diálogos entre os conhecimentos destes profissionais, estando cada qual em suas gaiolas epistemológicas, conceito criado por D’Ambrósio. Ressalta-se que as formações específicas e distintas são fundamentais, porém a dialogia tanto na formação inicial, quanto na atuação são importantes para possibilitar outros olhares para o que existe dentro da própria gaiola, propiciando a construção de saberes profissionais que contribuam com um ensino que atenda às necessidades educacionais dos estudantes.