SITUAÇÕES DE VULNERABILIDADE E PRÁTICAS ALIMENTARES DE CRIANÇAS MENORES DE 2 ANOS INTERNADAS EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE PORTO ALEGRE
Juliana Mariante Giesta
Giesta, Juliana Mariante
Juliane Alves Santos
Santos, Juliane Alves
Ester Zoche
Zoche, Ester
Karen Yurika Kudo
Kudo, Karen Yurika
Marianna Sperb
Sperb, Marianna
Vera Lucia Bosa
Bosa, Vera Lucia
01/09/2021
285-298
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ENFERMAGEM: DESAFIOS E PERSPECTIVAS PARA A INTEGRALIDADE DO CUIDADO
Objetivo: Identificar as situações de vulnerabilidade social, individual e programática, bem como seus indicadores, e relacionar com práticas alimentares de crianças menores de dois anos internadas em um hospital universitário de Porto Alegre. Métodos: Identificou-se as vulnerabilidades por instrumento que estabelece critérios para a elegibilidade das vulnerabilidades individual, social e programática no contexto da criança e sua família; e práticas alimentares por instrumento composto por questões que analisam os atributos, componentes e marcadores da alimentação complementar. Para análise estatística, foi utilizado o teste qui-quadrado e foram considerados como diferenças estatisticamente significativas valores de p menores que 0,05. Resultados: Dentro da amostra estudada, 92% (n=173) apresentou pelo menos um componente de vulnerabilidade. Houve associação estatisticamente significativa entre vulnerabilidade programática e oportunidade de introdução da alimentação complementar (p=0,014) e consumo de ultraprocessados (p=0,007). Dentre os indicadores de vulnerabilidade, o número de internações esteve associado negativamente com o aleitamento materno exclusivo (p=0,03) e positivamente com o consumo de alimentos ultraprocessados (p=0,009). As idas à emergência estiveram associadas com a introdução precoce de alimentos (p=0,004) e consumo de alimentos ultraprocessados (p<0,001). Uso de tabaco ou outras drogas foi associado negativamente com o aleitamento materno (p=0,007). Conclusão: A população estudada neste trabalho é vulnerável principalmente no âmbito familiar, e apresenta práticas alimentares inadequadas, sendo essencial o acesso à rede de serviços de saúde com profissionais preparados para atuar visando alcançar melhores práticas de alimentação e nutrição nessa faixa etária.
Vulnerabilidade em saúde; Aleitamento materno; Alimentação complementar.
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