SER VELHO E GAY: CORPO, SEXUALIDADE E EXPERIÊNCIA
SER VELHO E GAY: CORPO, SEXUALIDADE E EXPERIÊNCIA
Jeanne Beatriz de Gouveia
Maria Cristina Lopes de Almeida Amazonas
Gilclecia Oliveira Lourenço
26/02/2022
230-248
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A população idosa no Brasil cresce exponencialmente, aumentando as pesquisas na área, tornando-as cada vez mais plural, evidenciando que em nossa cultura a pessoa velha está em um lugar de centralidade, vivendo mais, com maior qualidade de vida, cuidando mais de sua saúde e também revelando seu potencial econômico. O velho, está em nossa cultura ocupando um lugar de maior destaque, uma posição social de respeito, embora, o processo de envelhecimento possa carregar o estigma da nulidade ou da invisibilidade. O presente artigo, resultado de uma pesquisa de mestrado realizada com quatro homens com mais de sessenta anos de idade e gays, discute sobre experiências de envelhecimento gay. O efeito bola de neve foi o método para encontrar esses sujeitos. A pergunta disparadora: “Como é para você a experiência de ser um homem com mais de sessenta anos e gay?” norteou a pesquisa à luz de uma Analítica Descritiva de perspectiva foucaultiana. Tais informações nos permitiu considerar que esses sujeitos vivenciam preconceito por sua escolha amorosa homossexual e, ao envelhecerem acrescenta-se a este, o estigma atribuído aos velhos em nossa sociedade. Sendo possível considerar que as práticas sexuais entre idosos gays são silenciadas, quer seja por discrição e reserva (o que também revela um modo de subjetivar-se) ou por “sobrevivência”, uma vez que assumir a homossexualidade para esses homens, pode representar um risco à vida, um descredito à sua reputação social, uma imagem “meio secular” desfeita.
Ler mais...Velho e gay, Subjetividade, Experiência.
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