REVISÃO: PREDIÇÃO DE CARACTERÍSTICAS DE CARCAÇA DE BOVINOS DE CORTE UTILIZANDO MENSURAÇÕES MORFOMÉTRICAS

O Brasil é um grande exportador de carne bovina, assim, é importante melhorar os índices de produção como também produzir carcaças de melhor qualidade conforme a exigência do mercado consumidor. A metodologia para avaliação de carcaças em animais antes do abate é com utilização de equipamento de ultrassonografia, porém deve-se buscar alternativas de modo a possibilitar avaliação cada vez mais frequente destas características em animais ainda em produção. Deste modo, o objetivo com a presente revisão foi descrever informações acerca de trabalhos científicos realizados em estudo ao uso de mensurações morfométricas em bovinos de corte para predição de características de carcaça. A partir de modelos matemáticos produzidos com utilização de mensurações morfométricas, peso em jejum e algumas características obtidas após o abate, outros modelos matemáticos podem ser obtidos por meio de regressão de modo a predizer características de carcaça variadas como gordura intramuscular e gordura química da carcaça com alta correlação com os valores reais. A qualidade e precisão dos modelos matemáticos obtidos para predição de características de carcaça com utilização de mensurações morfométricas pode ser verificada dentre outras metodologias através do coeficiente de correlação obtido entre os valores reais coletados após o abate do animal e o valor predito pelos modelos matemáticos. Trabalhos mais recentes tem realizado avaliações morfométricas a partir da captura de imagens por variadas câmeras, de modo a acompanhar o avanço científico e tecnológico e a tornar a coleta destas medidas morfométricas nos animais mais prática, rápida e menos estressante para os animais. As informações morfométricas podem compor variados modelos de predição e com finalidade de utilizações diversas. Os modelos matemáticos podem possibilitar a predição de algumas características de carcaça, porém, para cada sistema de produção, sexo e/ou grupamento racial ainda não estudado é necessário desenvolver novos e específicos modelos matemáticos bem como em idades mais precoces e não somente quando os animais já estão na fase final de produção e prontos para abate.