RELIGIOSIDADE E RELACIONAMENTO AFETIVO: A FORMAÇÃO DA IDENTIDADE DE GÊNERO

A forma como cada cultura define o que é ser mulher ou homem, consolida diferenças de gênero que são elaboradas através de processos psicológicos da vida cotidiana, além de gerar expectativas acerca dos comportamentos adotados pelos indivíduos. A realidade existencial da mulher na cultura religiosa cristã é construída através do outorgar do homem, que arquiteta em seu imaginário, o papel social de ambas as partes. Neste contexto, o homem busca sua identidade, projetando-se no seu Criador e tenta, de uma forma simbólica, construir a relação afetiva relacional. A violência sexista no campo da afetividade traduz as encenações desempenhadas pelos atores sociais macho e fêmea, na perpetuação das identidades arquitetadas em alguns grupos religiosos e insiste de forma confluente, o poder sócio-religioso-cultural.