RELAÇÃO ENTRE VELOCIDADE DA MARCHA E EQUILÍBRIO DINÂMICO E SUA INTERFERÊNCIA NO RISCO DE QUEDA EM IDOSOS SEDENTÁRIOS

O aumento significativo de idosos na população atribui ao século XXI uma demanda maior de atenção e cuidados específicos para essa faixa etária. Diante do processo de envelhecimento, o indivíduo apresenta o comprometimento de algumas estruturas fisiológicas importantes para o desempenho da marcha, especialmente a habilidade do sistema nervoso central de processar sinais vestibulares, visuais e proprioceptivos responsáveis pela manutenção do equilíbrio corporal, gerando, ocasionalmente, a instabilidade postural na posição de pé e quando há alterações bruscas de posição, o que altera a percepção do corpo em relação ao espaço. Vale ressaltar que as modificações da marcha no idoso se processam em relação a fatores tanto fisiológicos quanto emocionais. As alterações na marcha podem ser percebidas ou constatadas pelas modificações motoras que incidem diretamente nas condições emocionais que o idoso elabora em relação às suas possibilidades psicomotoras, o que interfere na realização de algumas tarefas específicas. Este trabalho objetivou investigar a influência da velocidade da marcha e do equilíbrio postural dinâmico no risco de acidentes por queda em idosos. Este é um estudo do tipo transversal, observacional e de campo, com abordagem quantitativa e amostra recrutada por conveniência, realizado no período de seis meses a partir da aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), composta por idosos, com idade compreendida entre 60 e 80 anos, que estejam de acordo com a realização da pesquisa e assinem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Para avaliação, foram submetidos ao teste de velocidade da marcha de 6 Versão 07jul15. 3 metros, à escala de equilíbrio de Berg e ao teste Timed Up and Go (TUG). Os dados coletados foram tabulados em uma planilha do Microsoft Excel® Office 2016 e, posteriormente, analisados através de frequência absoluta e relativa e apresentados sob a forma de tabelas e figuras, sendo considerados como significância estatística aqueles que apresentarem p < 0,05. Por fim, concluiu-se que independente do sexo, as correlações entre os testes se fazem coerentes, mostrando que quanto maior o déficit de equilíbrio, menor será a velocidade da marcha manifestada no grupo feminino e, consequentemente maior o risco de queda, corroborando com a hipótese inicial da pesquisa.