RELAÇÃO ENTRE EDUCAÇÃO EM SOLOS E AGRICULTORES, COMUNIDADES RURAIS E TRADICIONAIS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

O objetivo deste trabalho foi analisar os paradigmas tradicional e emancipatório a partir da identificação de artigos, teses, dissertações e monografias relacionados à educação em solos com os agricultores, comunidades rurais e tradicionais, dispostos no “Catálogo de Artigos de Educação em Solos no Brasil” e na coletânea “Teses, Dissertações e Monografias de Educação em Solos no Brasil”. A partir de uma revisão sistemática nos bancos de dados citados anteriormente, seguiram-se três etapas principais: busca com as Palavras-chave: agricultores e/ou comunidades rurais e/ou comunidades tradicionais, leitura dos resumos e seleção de acordo com o tema e objetivo proposto e leitura integral e análise dos trabalhos selecionados conforme o paradigma, tradicional e/ou emancipatório. Os dados levantados foram organizados numa planilha do Microsoft Excel®. Encontramos 274 trabalhos sobre Educação em Solos, contudo, apenas 15 estão relacionados com os agricultores, comunidades rurais e tradicionais, onde apresentam objetivos e desenvolvimentos com características de apenas um paradigma ou ambos, justificando a dificuldade presente que há ao transformar a forma tradicional que prevalece em nossa cultura. Em vista disso, fica evidente que é preciso não só ensinar conteúdos, é preciso integrar os agricultores e as comunidades ao ambiente, prezando pela conservação do solo ao invés de promover a superexploração. Além disso, sugerimos que haja maior interação entre quem ensina e quem aprende, compartilhando suas vivências, pois o entendimento da realidade pode promover mudanças desde escala local à global, promovendo a busca e construção do conhecimento sobre o solo em prol da sua conservação para as futuras gerações.