RELAÇÃO DAS POLÍTICAS AFIRMATIVAS PARA OS HOMOAFETIVOS NO CONTEXTO DAS UNIDADES DE SAÚDE EM AREZ – RN: DESMISTIFICANDO CORPOS, SEXUALIDADE E SAÚDE MENTAL

Este trabalho tem a pretensão de analisar a relação da política brasileira como produto facilitador de uma nova reforma no atendimento dos homoafetivos nas unidades básicas de saúde (UBS), identificando-os como parte da sociedade que ainda lutam para conquistar, preservar e ampliar direitos iguais para todos. O objetivo aqui é uma análise, sem pretensões de trazer um “tom novo”, mas inserida nos atuais debates acadêmicos sobre a questão sexual e a saúde. Proponho uma reflexão sobre o atendimento desses sujeitos nas “UBS” e a Portaria nº 2.836, de 1º de dezembro de 2011, que estabelece no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (Política Nacional de Saúde Integral LGBT). Adotamos uma metodologia de pesquisa de natureza histórica e bibliográfica baseados em três documentos institucionais: Coleção Caravana de Educação em Direitos Humanos, Mulheres Lésbicas e Bissexuais: direitos, saúde e participação social e Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais - Ministério da Saúde, nos anos de 2013 e 2015. A observação consiste na participação real do observador (observação participante artificial), na vida da comunidade arezense, integrando-se ao grupo de homossexuais para realizar seu estudo. Por fim, abordam-se os desafios que estão postos à saúde e aos homoafetivos vítimas do desrespeito e mau tratamento, em especial nos prejuízos que essas ações (distintas visões de mundo e os conflitos decorrentes), ao serem realizadas de maneira errada, provocam à saúde mental entre seus membros.