RAÇA E COVID-19: DA COLETA DE DADOS, OXÍMETROS A PIORES DESFECHOS
William Paulino Rosa
Rosa, William Paulino
Eyshila Letícia Nunes Salles
Salles, Eyshila Letícia Nunes
Rogério Cleiton De Andrade
Andrade, Rogério Cleiton de
Vanessa Alves Bernardo Fortunato
Fortunato, Vanessa Alves Bernardo
Rafael Marques Geraldo
Geraldo,Rafael Marques
Stephanie Cristine Dos Santos Alves Marinho
Marinho,Stephanie Cristine dos Santos Alves
Júlio Cesar De Oliveira
Oliveira , Júlio Cesar de
Larissa Sousa Cardoso Alexandre
Alexandre,Larissa Sousa Cardoso
Ana Claudia Camargo Gonçalves Germani
Germani, Ana Claudia Camargo Gonçalves
01/12/2023
66-95
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Resumo No Brasil, a pandemia de COVID-19 foi atravessada por disputas políticas e econômicas, evidenciando diferenças no enfrentamento do vírus, como a não adoção do isolamento social e uma disparidade dentro da população no que tange o acesso aos serviços de saúde. Nesse contexto, é crucial reconhecer que a população negra representa 56,1% dos brasileiros. Compreendendo que o racismo é considerado um determinante social, é fundamental destacar suas diversas dimensões, tais como interpessoal, institucional e estrutural). Diante disso, os objetivos deste trabalho são: identificar as desigualdades étnico-raciais nas instituições e serviços da rede do Sistema Único de Saúde (SUS) e seus impactos na morbi-mortalidade da população negra durante a pandemia; identificar oportunidades de combate ao racismo e redução da discriminação étnico-racial no cuidado à saúde de pessoas negras; propor mudanças visando à garantia da adoção dos princípios antirracistas e fomentar a realização de estudos e pesquisas sobre racismo e saúde dessa população. Para alcançar tais objetivos, utilizamos como método a discussão de um caso fictício, baseada em revisão narrativa e reflexiva pautando-nos em artigos acadêmicos, inquéritos de saúde pública, autores da área de saúde coletiva e formação profissional em Fisioterapia. Os resultados marcam as desigualdades raciais no processo de saúde-doença-cuidado da população negra e sinalizam propostas para melhorar os desfechos e o cuidado. Conclusão: O reconhecimento e reflexão sobre iniquidades raciais em saúde durante a pandemia é uma forma de fomentar o papel social do fisioterapeuta e dos demais profissionais da saúde.
COVID-19, Saúde da População Negra, racismo, antirracismo.
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