QUANDO O PACIENTE MORRE?! SENTIMENTOS E VIVÊNCIAS DE DISCENTES FRENTE À MORTE DE PACIENTES NA PRÁTICA DE ESTÁGIO EM PSICOLOGIA HOSPITALAR
Taiana Nonato De Barros
BARROS, T. N.
Brenda Karoline Souza Da Fonseca
FONSECA, B. K. S.
Arina Marques Lebrego
LEBREGO, A. M.
21/07/2020
188-196
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O presente estudo se dispôs a investigar como os discentes do curso de Psicologia, que estão realizando estágio no âmbito hospitalar têm lidado com a morte de pacientes. Apesar de o tema morte ser abordado em algumas disciplinas durante o período acadêmico, ele ainda é um tema tabu. Esta pesquisa, portanto, se justifica diante das reflexões que emergem sobre a importância da educação para morte, uma vez que pode auxiliar e embasar o enfrentamento dos discentes estagiários diante dos sentimentos e impactos vividos frente às perdas, uma vez que a não elaboração de um luto possa gerar adoecimento psíquico. Para realização das entrevistas utilizamos o método clínico-qualitativo, com 30 discentes do curso de psicologia de uma Instituição de Ensino Superior - IES. Os resultados apontam há uma necessidade de se falar e trabalhar, de maneira ampla e didática, o processo de morte e morrer durante a graduação, 90% dos entrevistados afirmou que não se sentiram preparados pela graduação para lidar com o processo de morte e morrer. Alguns dos sentimentos encontrados nas falas dos entrevistados que perderam pacientes foram: tristeza, impotência, medo, vergonha, angústia, dificuldade em fazer o luto e reações psicossomáticas. Tendo em vista que os discentes de psicologia estão suscetíveis a lidar com a finitude em diferentes áreas de atuação, principalmente na área hospitalar, destacamos a relevância de buscar formas de auxiliá-los em seus processos de enfrentamento diante do processo de perdas.
morte; discentes de psicologia; sentimentos; vivências.
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