PRODUTOS DE EXTRAÇÃO VEGETAL E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA MITIGAR A DEVASTAÇÃO DAS FLORESTAS NO ESTADO DO PARÁ

O Brasil vivencia a questão ambiental global e a Amazônia, particularmente o Estado do Pará, é mais sensível aos desequilíbrios ambientais por conter a maior área de floresta tropical do mundo, cuja cobertura florestal vem passando por processo de desmatamentos. O objetivo do presente artigo é analisar a contribuição dos produtos de extração vegetal como alternativa de uso sustentável dos recursos naturais na perspectiva de mitigar os desmatamentos no estado do Pará. A metodologia passou pela exploração e cotejamento dos dados das Estatísticas Municipais do Estado do Pará, tendo como objeto de pesquisa os produtos de extração vegetal de 10 municípios (Altamira, Anapu, Brasil Novo, Medicilândia, Pacajá, Placas, Porto de Moz, Senador José Porfirio, Uruará e Vitória do Xingu), em um período de 10 anos (2010/2019), disponibilizados pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas – Fapespa – e o critério de sua seleção foram aquelas unidades que vivenciam problema ambiental de desmatamento. Foram trabalhadas as classes de produtos alimentícios; Borrachas; Madeiras; e oleaginosas, por serem as mais representativas na fonte pesquisada, ainda que nem todos os municípios sigam esse padrão. Os resultados revelaram que a produção das culturas pesquisadas oscila recorrentemente e, muitas das vezes, tem seu ciclo interrompido, refletindo assim nas suas taxas negativas de crescimento, sendo que a trajetória do valor dos produtos apenas corrobora a inconsistência do segmento extrativista no estado do Pará. Concluímos que os produtos de extração vegetal, como alternativa de uso sustentável dos recursos naturais, salvo raras culturas, pouco contribuem para mitigar os desmatamentos, porque este setor tem dificuldades de garantir a oferta regular dos produtos analisados e atender os mercados consumidores.