PREVENÇÃO E PROMOÇÃO DA SAÚDE APLICADA À SÍNDROME DA MORTE SÚBITA DO LACTENTE

A Síndrome de Morte Súbita do Lactente (SMSL) é definida pelo óbito inesperado de uma criança de até um ano, aparentemente durante o sono, que permanece inexplicada após completa investigação, incluindo realização de autópsia, revisão das circunstâncias de morte e história clínica. É uma das principais causas de morte na infância, gerando grande comoção e impacto familiar. A SMSL é responsável por uma taxa significativa de óbitos e possui etiologia incerta. É a causa mais prevalente de morte nos países desenvolvidos e a faixa etária de maior risco se encontra entre dois e cinco meses de vida. A teoria mais aceita para explicação desta se relaciona a existência de imaturidade cardiorrespiratória e autonômica juntamente com alterações do mecanismo de despertar do sono. Estes se associam a fatores maternos, socioculturais e do lactente. A SMSL é uma doença multifatorial, que envolve fatores de risco e o local do sono do paciente. Anteriormente, a posição para dormir mais recomendada pelos pediatras era de decúbito lateral, mas o risco de SMSL é maior nessa posição do que em decúbito dorsal, em vista da maior possibilidade de rolar para a posição ventral do que para a posição dorsal. A SMSL é um tema pouco discutido nos cursos de graduação da área de saúde, porém muito significativo, devido a sua relevância clínica e impacto social gerado. Sabe-se que a conscientização da população sobre os fatores de risco e a adoção de medidas preventivas têm sido eficazes na redução da SMSL, entretanto, o Brasil infelizmente não tem participado de forma significativa da campanha internacional para a redução de seu risco.