PLATAFORMAS DIGITAIS E JOVENS TRABALHADORES DE EMPRESAS-APLICATIVO EM TRÊS MUNICÍPIOS DO PARANÁ

Code: 221010485
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Título

PLATAFORMAS DIGITAIS E JOVENS TRABALHADORES DE EMPRESAS-APLICATIVO EM TRÊS MUNICÍPIOS DO PARANÁ

Autores(as):
  • Helaine Christina Oliveira Souza

    Souza, Helaine Christina Oliveira

  • Reidy Rolim de Moura

    Moura, Reidy Rolim de

DOI
10.37885/221010485
Publicado em

01/02/2023

Páginas

96-110

Capítulo

7

Resumo

O presente trabalho tem como intuito a exposição de uma pesquisa em andamento referente as condições de trabalho e as perspectivas de trabalhadores que exercem atividade como entregadores de bicicleta vinculados a empresas-aplicativo nos municípios de Ponta Grossa, Maringá e Londrina no Estado do Paraná, no ramo de delivery. Parte se do pressuposto que as plataformas digitais de trabalho vêm disseminando-se mundialmente e intensificam processos de precarização do trabalho. Esse novo modelo de negócios opera via exploração da força de trabalho autônomo, flexível e remunerado sob demanda. Esse tipo de empresa também configura uma nova forma de organização, controle e gerenciamento algorítmico sobre o trabalho e os trabalhadores, denominada de uberização e mostra-se como tendência no mundo do trabalho, especialmente após a crise do capital em 2008. Momento histórico esse que evidenciou a inconstância do capital para se remodelar e o investimento maciço do capital financeirizado em empresas de tecnologia, entre elas, empresas de plataforma enxuta como a Uber e o Ifood. Beneficiadas pelos efeitos de rede, as empresas-aplicativo de plataforma enxuta controlam e gerenciam uma multidão de trabalhadores autônomos e lucram a partir da exploração desse formato de trabalho, assim como pela prestação de serviços de intermediação aos restaurantes. No Brasil, com o acirramento da crise econômica e pandêmica, e consequentemente, o aumento do desemprego, uma multidão de trabalhadores foram atraídos para compor esse exército de força de trabalho não qualificada, flexível e autônoma, desprovida de direitos e garantias trabalhistas, visto sua condição de informais, especialmente os sujeitos jovens. Por essas razões compreender as formas de operação dessas empresas e as novas condições de trabalho que inauguram e consolidam tornam-se imprescindíveis para vislumbrar rumos e possivelmente modificar tendências em curso. Esse estudo é de natureza qualitativa, composto pela pesquisa bibliográfica e documental, assim como foi realizado pesquisa de campo com a utilização de entrevista semiestruturada com entregadores de bicicleta em três municípios do interior do Paraná.

Palavras-chave

Plataformas digitais, Juventudes trabalhadoras, Uberização.

Autor(a) Correspondente
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