PLANTAS ESPONTÂNEAS MEDICINAIS EM QUINTAIS PERIURBANOS

Code: 220910351
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Título

PLANTAS ESPONTÂNEAS MEDICINAIS EM QUINTAIS PERIURBANOS

Autores(as):
  • Marci Aparecida Lemes

    LEMES, M. A.

  • José Maria Gusman Ferraz

    FERRAZ, J. M. G.

  • Rosely Yavorski

    YAVORSKI, R.

DOI
10.37885/220910351
Publicado em

28/10/2022

Páginas

165-178

Capítulo

13

Resumo

Objetivo: Verificar o conhecimento, a forma e a intensidade de uso das Plantas Espontâneas Medicinais por 4 informantes residentes em 4 quintais da área periurbana do Município de Roncador, PR., Brasil, escolhidos intencionalmente, bem como, o interesse dos participantes em adquirir mais conhecimentos sobre essas espécies de plantas e seus potenciais usos. Métodos: Trata-se de pesquisa descritiva com estratégia de estudo de caso e método misto, realizada de fevereiro a maio de 2018. O estudo dividiu-se em duas etapas: revisão da literatura e pesquisa de campo. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 1 morador por domicílio, turnês guiadas, checklists com imagens de plantas para a confirmação taxonômica das espécies e levantamento quantitativo. Os dados coletados foram agrupados e tratados estatisticamente e os resultados transformados em quadros. Resultados: Foram registradas 28 espécies medicinais espontâneas, distribuídas em 15 famílias botânicas, destacando-se em número de espécies as Asteraceae, Amarantaceae, Solanaceae e Malvaceae com 8, 4 e 2 espécies respetivamente, as demais apresentaram apenas uma espécie cada. A família botânica que mais se destacou entre as mais conhecidas e consumidas foi a Asteraceae. A maioria absoluta dos entrevistados disse fazer uso habitual das plantas espontâneas medicinais existentes nos seus quintais como primeiro recurso em quadros de doença. A transmissão dos conhecimentos tradicionais sobre o conhecimento e uso é feita de forma intergeracional. Considerações finais: O levantamento etnobotânico possibilitou relacionar a diversidade de espécies de plantas espontâneas medicinais. O estudo revelou que os atores da pesquisa possuem relevante conhecimento sobre as plantas espontâneas e os seus potenciais usos medicinais. A divulgação dos conhecimentos tradicionais levantados, contribuirá para o fortalecimento e propagação dos saberes e fazeres terapêuticos relacionados a essas plantas, oportunizando ainda o incentivo à população em geral explorar melhor o território dos quintais em busca de primeiros recursos em quadros de doenças, podendo com isso, diminuir a demanda pela compra de medicamentos alopáticos, importando no aumento da sustentabilidade ambiental e alcance da soberania e segurança terapêutica da população em geral, assim como ocorre na parcela da população estudada. O estudo sugeriu ações governamentais e novas pesquisas sobre o tema ante a demonstração pelos atores do desejo de adquirirem maiores conhecimentos sobre essas plantas e os seus potenciais usos terapêuticos.

Palavras-chave

Etnobotânica, Usos e costumes, Segurança e soberania terapêutica.

Autor(a) Correspondente
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