PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO CONVENCIONAIS: BENEFÍCIOS AGROECOLÓGICOS, NUTRICIONAIS E FORMAS DE UTILIZAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO

Popularmente, as plantas alimentícias não convencionais (PANC) são vistas como plantas indesejáveis, devido a sua forma espontânea de produção. Assim, estas plantas são denominadas como “daninhas”, “mato” e até mesmo caracterizadas como “venenosas”, porém, estas plantas podem e devem ser consumidas pela população. As PANC se apresentam de várias formas, tais como, tubérculos, rizomas, talos, folhas, flores, frutos, sementes, bem como outras estruturas, as quais, poderão ser consumidas, tanto in natura como em preparações. Além disso, as PANC podem ser utilizadas para extração de óleos e gorduras, especiarias, condimentos, amaciante de carnes, além de poder fazer parte de ingredientes em diversos tipos de bebidas. As PANC na dieta podem ajudar a suprir necessidades alimentares e possibilitar o enfrentamento de barreiras presentes em realidades que nem sempre são oportunas para as camadas menos favorecidas melhorando indicadores de insegurança alimentar e nutricional. Além disso, podem ser utilizadas tanto pela população em geral, como também para indivíduos que possuem dietas alimentares com certas particularidades, como os veganos e vegetarianos. As PANC têm obtido importância gastronômica, com um objetivo de inovação gastronomia, de cardápios e sabores e ampliar oportunidades de novos sabores. A composição nutricional das plantas alimentícias não convencionais ainda é pouco explorada, bem como os seus possíveis efeitos à saúde, porém, os poucos estudos existentes revelam um grandioso valor nutritivo, bem como, respostas terapêuticas eficientes. Diante de tal potencial, faz-se necessária a realização de mais pesquisas sobre o assunto, bem como, uma maior disseminação de informações sobre elas na sociedade em geral para que elas tenham maior alcance e que a população desfrute dos seus benefícios nutricionais, culturais e econômicos.