PERFIL DE MULHERES PORTADORAS DE SÍFILIS ATENDIDAS EM UMA MATERNIDADE PÚBLICA DE SALVADOR - BA

Introdução: A sífilis gestacional é um problema e desafio de saúde pública, devido suas repercussões na saúde materna e fetal. Objetivo: Discutir o perfil sociodemográfico e obstétrico de mulheres portadoras de sífilis atendidas em uma maternidade pública de Salvador/BA. Materiais e métodos: Estudo quantitativo, descritivo, retrospectivo, com análise documental das fichas de notificação compulsória, realizada pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, e dos prontuários de 125 gestantes com sífilis notificadas em 2013, numa maternidade pública de Salvador/BA, sendo a população do estudo. O tratamento dos dados foi realizado pelo programa Epi Info®, apresentados em tabelas. Resultados e discussão: A maioria das mulheres era parda, solteira, com baixa escolaridade, do lar, residente na cidade de Salvador, com mediana de idade de 27 anos; 84 gestantes realizaram pré-natais, porém a mediana das consultas encontradas foi de quatro visitas ao serviço. Conclusão: Houve maior realização do VDRL e teste rápido para sífilis na maternidade e, consequentemente, maior número de diagnósticos para esta infecção em comparação com a assistência pré-natal. Foram evidenciados efeitos desfavoráveis da infecção por sífilis para o feto, tais como a transmissão vertical com 73 casos, sete abortamentos e cinco óbitos fetais. A ocorrência de sífilis congênita pode ser interpretada como indicador da baixa qualidade do pré-natal e falha na rede de assistência à saúde da mulher.