PARTO E VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Code: 210605052
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Título

PARTO E VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores(as):
  • Maria Améllya Nunes Diniz

    Diniz, Maria Améllya Nunes

  • Camila Ximenes Pinto

    Pinto, Camila Ximenes

  • Antônia Gabriela Freitas de Vaconcelos

    Vaconcelos, Antônia Gabriela Freitas de

  • Dirlene Mafalda Idelfonso da Silveira

    Silveira, Dirlene Mafalda Idelfonso da

DOI
10.37885/210605052
Publicado em

01/10/2021

Páginas

233-239

Capítulo

17

Resumo

INTRODUÇÃO: O momento do parto é uma ocasião de transformações para a mulher, desde mudanças físicas até emocionais, desencadeadas pelas mudanças hormonais e físicas que ocorrem para que tal evento seja realizado. Logo, entende-se o momento do parto como um processo biopsicosocial, podendo a mulher vivenciar uma experiência positiva ou negativa,bem como traumática que pode ter reflexos em diferentes áreas da vida.O presente relato, diante de tal temática visa apresentara experiência de alunas do curso de medicinasobrea realidade vivenciada durante a assistência de um parto, e refletir sobre a assistência humanizada ao parto e violência obstétrica. RELATO DA EXPERIÊNCIAEste relato discorre sobre a experiência vivenciada por um grupo de 4 alunas do 5º semestre do curso de medicina da Universidade Christus, em uma visita proposta pela grade currirular do módulo de Ginecologia e Obstetrícia à sala de parto de um Hospital Maternidade, localizado emFortaleza-Ceará, no primeiro semestre do ano de 2019. A vivência proporcionou o acompanhamento do parto de umagestante de 16 anos, com 40 semanas de gestação, que estava acompanhada de uma vizinha. Chegamos à sala destinada para o parto e nos deparamos com um ambiente movimentado, barulhento e lotado de médicos, residentes, internos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem, que estavam tendo conversas indistintas, tomando café e não estavam dando a atenção e o protagonismo necessários para a futura mãe e para seu bebê. A paciente, já apavorada, clamava pela mãe edizia que ia morrer, até que o médico reagindodisse “Se você não tiver esse bebê agora ele vai morrer e a culpa será sua”.Naquele momento, nos deparamos com uma situação de extrema vulnerabilidade da mãe, descaso de profissionais, violência psicológica, mas acima de tudo,vivenciamostambém uma linda transformação da mãe após o nascimento do filho.DISCUSSÃO: Sabe-se que, de acordo com a literatura, a maioria das mulheres desconhece seus direitos no decorrer do ciclo gravídico, em especial no parto, tornando-se mais vulneráveis às intervenções profissionais e a possíveis abusos, não percebendo que está sofrendo um tipo de violência obstétrica. Dominadas, muitas vezes, pelo medo do desconhecido, pela tensão, pelo medo da sua morte ou da morte do seu filho e pela responsabilidade com a nova vida, elas ficam reféns dos profissionais e as repercussões dessa experiência podem ser muito negativas. É importante ressaltar que, o parto, principalmente em primigesta, é uma experiência desafiadora, sendo essencial que a mãe se informe sobre seus direitos e que os médicos, enfermeiros, auxiliares e demais profissionais na sala de parto sintam respeito e empatia com esse momento, poisem todo parto nasce um bebê e nasce uma mãe.

Palavras-chave

Parto Humanizado, Obstetrícia, Salas de Parto.

Autor(a) Correspondente
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