PARIR É TRANSGRESSOR: REFLEXÕES E PARTICULARIDADES DA DIREÇÃO FEMININA NO DOCUMENTÁRIO A PARTEIRA (2018)

Objetivo: O espaço da mulher na produção audiovisual brasileira ainda se encontra desequilibrado no âmbito da representatividade em funções diante e por trás das câmeras, mas quando as mulheres ocupam essas funções, filmes inovadores podem surgir de seus olhares. Diante disso, escolhemos o documentário potiguar A parteira (2018), da diretora Catarina Doolan, e o processo de direção, como objetos de estudo deste artigo, que possui como objetivo refletir sobre o processo da direção feminina no filme. Métodos: Para isso, utilizaremos dos conceitos que compreendem o documentário a partir de Bill Nichols e Renato Puccini, dentro do que se entende como as fases de produção de um filme, e trechos de entrevistas feitas com Catarina Doolan sobre seu processo enquanto diretora em A parteira (2018). Resultado: Como resultado, faremos uma análise de trechos específicos do filme em que se pode observar o processo da direção feminina aplicada em decisões nas etapas do processo de produção da obra. Conclusão: A partir dessas análises e reflexões, pudemos concluir que a direção de Catarina Doolan foi um diferencial na realização do filme sobre a parteira Donana, por conta de seu processo pessoal compartilhado com a protagonista de seu filme.