PAPEL DA MEDICINA DE EMERGÊNCIA NA ABORDAGEM DAS NECESSIDADES DE SAÚDE DA COMUNIDADE LGBTQI+

RESUMOO atendimento discriminatório e desigual à comunidade LGBTQIA+ tem sido um assunto importante de discussão, apesar de avanços na conscientização sobre minorias sexuais. No entanto, ainda persistem desafios ao lidar com essa população nas salas de emergência, comprometendo o atendimento adequado às suas necessidades de saúde. O objetivo deste estudo foi analisar a disparidade no atendimento emergencial às minorias sexuais, incluindo atrasos no primeiro eletrocardiograma para pacientes com dor torácica, uso diferenciado de tratamentos invasivos e não invasivos, cuidados intra-hospitalares e outras variáveis, e como isso afeta o diagnóstico, atendimento e prognóstico dos pacientes LGBTQIA+. Utilizou-se apenas artigos de ensaios clínicos, estudos de prevalência, estudos de coorte, caso controle e pesquisas qualitativas, que abordassem os descritores pesquisados em literaturas dos últimos 5 anos (2019 a 2023). Com base nos critérios de inclusão e exclusão adotados para o estudo, 10 artigos foram selecionados para análise. Os resultados revelam que questões estruturais impactam negativamente a saúde e o bem-estar desses pacientes, especialmente no ambiente de emergência. Além disso, a comunidade LGBTQIA+ enfrenta dificuldades e receios ao buscar auxílio médico, levando muitos a evitar os serviços de emergência. Esse estudo de revisão amplia o conhecimento sobre o tema abordado e mostra a necessidade de treinar corretamente os profissionais do pronto-socorro para promover um ambiente de prática que garanta cuidados adequados aos pacientes LGBTQIA+. Mostra-se necessário melhorar as interações sociais entre profissionais de saúde e pacientes LGBTQIA+ por meio de intervenções educacionais, a fim de fornecer um atendimento igualitário e adequado às suas necessidades.