PAISAGEM SONORA EM URBANIZAÇÃO DE ASSENTAMENTOS PRECÁRIOS EM ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE EM MEIO URBANO
Cristhian Elisiário Nagawo
NAGAWO, C.E.
Elcione Maria Lobato Moraes
MORAES, E.M.L.
29/12/2022
1122-1135
75
A partir da segunda metade do século XX as cidades brasileiras começaram a crescer de forma rápida e intensa devido ao grande número de pessoas que se mudaram para os centros urbanos, de modo que a intensa migração dificultou o acesso à moradia de qualidade, diversas famílias se instalaram em assentamento precários em áreas ambientalmente protegidas e frágeis, com baixo investimento de infraestrutura. Em Belém/PA não é diferente, exemplo disso é a comunidade Taboquinha, localizada no distrito de Icoaraci da capital paraense, que apresenta desigualdade significativa na questão social e de infraestrutura da cidade, o que levou a intervenção do Governo do Estado do Pará através de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a requalificação urbana do assentamento. A morfologia urbana adotada teve foco no melhor aproveitamento do lote e no saneamento, entretanto a estratégia acabou por contribuir com a qualidade acústica do espaço, pois o sistema viário, em que as vias principais afastam e as vias secundárias interligam os blocos habitacionais, formando assim bolsões para o lazer, o fluxo de veículos. A redução dos níveis de pressão sonora é comprovada quando apenas 15% dos moradores consideraram o ruído de tráfego desagradável. Porem as músicas são fontes de incômodo para 30,8% da população; 32,7% deles sente desagrado com o ruído gerado pelas pessoas; enquanto o fato de haver perdido os sons dos animais é considerado negativo para 36,5% dos moradores local.
Paisagem sonora, Assentamento precário, Ruído urbano.
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