PADRÃO EPIDEMIOLÓGICO HOSPITALAR DA SÍFILIS CONGÊNITA: UMA ABORDAGEM SOBRE A IMPORTÂNCIA DA QUALIDADE DA SAÚDE DA MULHER E SUAS CONSEQUÊNCIAS

Objetivos: Identificar o impacto da qualidade da assistência à saúde da mulher, por meio da análise do padrão epidemiológico hospitalar da sífilis congênita, de acordo com os números de internações e óbitos, entre os anos de 2015 a 2021. Métodos: Tratou-se de um estudo epidemiológico descritivo, retrospectivo, com abordagem quantitativa, de maneira que os dados foram obtidos pela consulta ao Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Resultados: Verificou-se entre 2015 e 2021 um aumento progressivo e linear dos números de internações por sífilis congênita, quanto aos óbitos, houve um aumento considerável no decorrer dos anos, mas de maneira não linear, com o pico de mortes no ano de 2018. As regiões do sudeste e nordeste se destacam, sendo que a primeira apresentou o maior número de internações nesse período e a segunda o maior número de óbitos; a taxa de mortalidade a cada mil internações apresentou uma redução, de 2.3 (2015) para 1.5 (2021). Conclusão: Os dados obtidos revelam que os números de internações e óbitos por sífilis congênita estão crescendo nos últimos anos, gerando uma situação preocupante e, por mais que uma das limitações do estudo seja a análise apenas dos dados hospitalares, esses resultados refletem o atual cenário de prevenção e conscientização da população quanto as infecções sexualmente transmissíveis, como a sífilis. Sobretudo, é um indício importante acerca da qualidade e da abrangência da assistência pré-natal às mulheres durante a gravidez, no Brasil.