OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA NO TRATAMENTO DE FERIDAS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A oxigenoterapia hiperbárica é um tratamento terapêutico, onde é acondicionado o paciente com indicação a terapia em uma câmara hiperbárica sendo ela monoplace (comporta um paciente) e multiplace (comporta até 14 pacientes). O paciente é pressurizado a uma atmosfera maior que 2 a 3 atmosfera de acordo com nível do mar, respirando com auxílio de uma máscara de oxigênio a 100%, essa grande oferta desse gás vital na corrente sanguínea é diluído no plasma o que possibilita a sua chegada ao diversos tecidos do corpo humano, permitindo os efeitos terapêuticos e auxiliando no processo de cicatrização das lesões. Foi criada em 1622, pelo médico Henshaw com a finalidade de eliminar comorbidades como cólera, tubérculos, anemias e hemorragias, sendo em 1964 registrado aplicações para lesões cutâneas. O objetivo deste trabalho é analisar o uso da oxigenoterapia hiperbárica no uso de tratamento de feridas, com o propósito de avaliar seus efeitos e aplicações em outras áreas da saúde. O método utilizado de pesquisa foi revisão bibliográfica, com coleta nos bancos de dados Scientific Electronic Library Online (SCIELO), PubMed Central (PMC), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Google Acadêmico em língua portuguesa e espanhol, divulgados no período de 2016-2021, incluindo estudo no campo da medicina. O resultado foi a seleção de15 publicações sendo 80% estudo clínico, 10% estudo de caso e 10% relato de caso envolvendo feridas crônicas, lesões, enfermagem, qualidade de vida, outras doenças que utiliza a terapia para tratamento. Concluindo, portanto, que a maioria dos resultados indicaram benefícios e eficácia da oxigenoterapia hiperbárica no tratamento e cura de feridas crônicas, lesão e outras doenças como alteração cardiorrespiratória, doença pulmonar obstrutiva crônica. Contudo, em relação a atuação do profissional enfermeiro, os estudos são escassos e as abordagens são direcionadas para a necessidade de ampliação e aprimoramento do conhecimento acerca de feridas, considerando a complexidade que envolve a prática e procedimentos e algumas apresentam difícil e demorada cicatrização.