OS DESAFIOS LOGÍSTICOS NA SAÚDE INDÍGENA: UM ESTUDO DE CASO NA COMUNIDADE INHÃA-BÉ
Vanessa Do Nascimento Damasceno
Damasceno, Vanessa do Nascimento
Rejane Gomes Ferreira
Ferreira, Rejane Gomes
Joelma Monteiro De Carvalho
Carvalho, Joelma Monteiro de
Diego Monteiro De Carvalho
Carvalho, Joelma Monteiro de
01/11/2022
1547-1560
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Este artigo tem como objetivo descrever o processo logístico de atendimento emergencial da comunidade indígena Inhãa-Bé desde a solicitação à remoção do paciente que ocorre tanto por via terrestre quanto aquática para chegar a algum hospital de Manaus, esse serviço tem como desafios o acesso às zonas rurais, comunicação, manutenção do transporte aquático e terrestre, entre outros que implicam no serviço dos profissionais da saúde e no tratamento dos indígenas. Trata-se de um método classificado como estudo de caso de caráter empírico que investiga um fenômeno atual no contexto da vida real, esse fenômeno no presente trabalho é o deslocamento dos profissionais de saúde e dos indígenas da comunidade localizada em zona rural (YIN, 2001). O método de investigação é o exploratório, pois permite identificar as variáveis chaves de um fenômeno em determinado contexto, suas ligações e explicar o porquê que essas ligações existem (VOSS et al, 2002). Os dados foram coletados por meio de visitas, entrevistas semiestruturadas, com a comunidade e um profissional de saúde da zona rural de Manaus. Além de recursos tecnológicos, como o Google Maps, WhatsApp e o software Bizagi. O projeto está registrado no Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) e da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP), sob o número do CAAE-31042620.4.0000.5016, parecer de nº 4.426.906. A partir dos diálogos levantados, o estudo possibilitou mapear o procedimento de deslocamento dos indígenas em situação de emergência, em que foi identificado ineficiências no processo de deslocamento da comunidade até o município de Manaus. Foi realizada uma proposta compartilhada, a fim de solucionar essas ineficiências que ocorrem no processo de deslocamento. Sendo assim, o entendimento dos desafios logísticos tanto da comunidade Inhãa-Bé quanto dos profissionais de saúde, desvelou meios para melhorias no processo logístico de acesso aos hospitais dos comunitários em estudo. O estudo revelou que, os desafios logísticos são limitações de comunicação, por apresentar apenas uma operadora de telefonia, o sistema de rodízio dos profissionais de saúde, os fatores ambientais, cheia e seca do Rio Tarumã-Açu, a falta de transporte aquático, adequado para emergência. Sendo assim, de acordo com os indígenas seria de grande valor uma UBS (Unidade Básica de Saúde) próxima do Rio Tarumã-Açu.
Saúde indígena, Logística, Zona rural.
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