OS CIRCUITOS CURTOS DE COMERCIALIZAÇÃO E CONSUMO DE SANTIAGO (RS)

Nos últimos anos tem-se visto um avanço das estratégias agroalimentares alternativas, impulsionadas principalmente pelas debilidades do padrão agroalimentar convencional e pelas crises alimentares. Este trabalho tem como objetivo identificar, delimitar e caracterizar as diferentes formas de circuitos curtos de comercialização e consumo que configuram o campo organizacional de frutas e hortaliças de Santiago/RS, Brasil. A metodologia utilizada foi o estudo de caso, com aplicação de entrevistas estruturadas e o georreferenciamento das unidades de produção. A tabulação e análise dos dados quantitativos foram realizadas através do software SPSS Statistics Versão 22.0. Os resultados mostram a existência de pelo menos onze formas de expressão de circuitos curtos, com características e lógicas peculiares, imersos em um mesmo campo organizacional. A variedade de circuitos curtos revelam um contexto específico, no qual as alternativas reposicionam o alimento como um elo capaz de religar e ressocializar suas relações com o consumidor. Os circuitos curtos revelam o potencial de aprimorar os circuitos regionais de abastecimento, principalmente reduzindo a dependência de alimentos provenientes de fontes externas.