O MODAL FERROVIÁRIO COMO ALTERNATIVA ÀS DESIGUALDADES SOCIOESPACIAIS NA MOBILIDADE URBANA EM SANTA MARIA, RS

O objetivo deste trabalho é propor uma reflexão a respeito da mobilidade urbana em Santa Maria no Rio Grande do Sul, sugerindo uma alternativa de transporte coletivo para a área urbana, cidade essa altamente urbanizada e com uma parcela de sua população com baixa capacidade de integração territorial. É um estudo de natureza qualitativa e quantitativa, utilizando o método dialético como abordagem filosófica e teórica. Como instrumentos metodológicos, utiliza-se um Índice de Privação Social (IPS), elaborado por Spode (2020) para a área urbana de Santa Maria, que contribuiu para a avaliação e análise das infraestruturas e condições sociais da cidade. Além disso, avaliou-se a legislação urbana da cidade, em especial o Plano Diretor de Desenvolvimento Territorial e também o Plano Diretor de Mobilidade Urbana de Santa Maria. Como resultados, refletimos a respeito de uma proposição técnica e socioespacial para a mobilidade urbana, através do uso do modal ferroviário, a partir da linha férrea existente. Esta proposição, em termos de números, traria benefício direto para mais de 115 mil habitantes da cidade, permitindo, de maneira mais efetiva, o pleno uso do território a esta camada social. Dessa maneira, reflete-se que com apoio do Estado, como também dos diferentes setores da iniciativa privada, que tal alternativa traz uma possibilidade da população urbana, sobretudo dos bairros periféricos, de uma maior e mais equitativa mobilidade pelo território, minimizando as desigualdades socioespaciais.