MULHERES, GÊNERO E A INFLUÊNCIA DOS DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS NO AMBIENTE DO TRABALHO

A vulnerabilidade e a marginalização no mercado de trabalho para as mulheres latino-americanas e caribenhas tem sido um fator constante principalmente nesses tempos de pandemia. O objeto central do estudo foi compreender a influência dos direitos sexuais e reprodutivos no ambiente do trabalho; também discorrer sobre mulheres, gênero e questões teóricas do patriarcado; apresentar dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento para América Latina e o Caribe e dos Indicadores de Gênero do Brasil, por fim analisar criticamente como as categorias mulheres e gênero são influenciadas de forma negativa no mercado de trabalho. O procedimento metodológico será um estudo teórico com análise crítica. Constata-se que a oferta de trabalho vêm diminuindo para as mulheres da região em estudo que possuem filhos pequenos (até seis anos de idade). Os indicadores de gênero brasileiros revelam a média de trabalho semanal das mulheres é de 21,4 horas enquanto dos homens é de 11 horas, ou seja as mulheres trabalham 10,4 horas a mais em atividades de cuidados em seus domicílios. Conclui-se que essas categorias de mulheres marginalizadas quando inseridas no mercado passam a ser duplamente exploradas porque além do trabalho invisível dos serviços realizados nos seus domicílios passam a ser exploradas por organizações que fazem parte dessa linha de montagem global orquestrada pelo capitalismo.