MAPEAMENTO DE DETERIORAÇÕES EM ESCULTURAS DO MUSEU DA INCONFIDÊNCIA MINEIRA, OURO PRETO

A partir do levantamento dos materiais empregados na construção de monumentos pétreos brasileiros, constata-se que desde o período colonial, diferentes tipos de rochas, tais como pedra-sabão ou esteatito e quartzito foram utilizados como elementos da arquitetura do período Barroco, artesanalmente para a fabricação de esculturas, peças de ornamentação e elementos estruturais, como pode ser visto em Ouro Preto, Minas Gerais. Para avaliar o estado de conservação e a susceptibilidade de rochas em projetos arquitetônicos antigos, foram mapeadas as deteriorações em quatro esculturas talhadas em esteatitos e quartzitos no Museu da Inconfidência Mineira em Ouro Preto. As formas características de deterioração se resumem na ocorrência de relevo, fissuras, depósitos de sujeira e perda de partes compactas de rocha. Esses dados sobre o mapeamento de deteriorações são complementares às pesquisas já realizadas em projetos anteriores sobre deterioração de monumentos do Barroco Mineiro (Souza, 1984, Ferreira, 1991; Carvalho 2000, Silva & Roeser 2003). Geologicamente, a deterioração das rochas dos monumentos pode ser pouco perceptível ao longo do ciclo de vida humana, No entanto, os estudos acerca das características e do comportamento de esteatitos e quartzitos, mediante a ação do ambiente a que serão expostos, são de grande importância, uma vez que contribuirão para que as obras arquitetônicas recentes possam corresponder às expectativas de grande durabilidade estrutural e estética, visando auxiliar profissionais nos trabalhos de conservação e ou restauro.