MANOPROTEÍNAS: UMA PERSPECTIVA BIOTECNOLÓGICA

A ascendente busca por matérias-primas de fácil obtenção e com valor agregado nos eixos nutricionais, econômico, social e principalmente de baixo impacto ambiental, aponta para o aprimoramento de metodologias extrativas dos componentes bioativos das leveduras. Entre esses componentes estão as manoproteínas, para sua obtenção o desenvolvimento de técnicas de isolamento, extração e caracterização vêm sendo estudado ao longo dos anos. Sendo necessário um entendimento estrutural e funcional da biomolécula, para que suas características sejam preservadas e aproveitadas de maneira satisfatória, tornando-se viável sua aplicação em escala industrial. O objetivo desta revisão é abordar a estrutura, classificação, métodos de extração e caracterização das manoproteínas. Além de ressaltar suas propriedades biotecnológicas e assim integrar seus diferentes aspectos de aplicação. As manoproteínas são uma matéria prima de fácil aquisição, pois são um dos principais componentes estruturais da parede celular das leveduras. Os métodos utilizados em sua obtenção buscam preservar ao máximo suas propriedades nativas. Inicialmente as metodologias aplicadas geravam um ônus ambiental e exigiam um maior tempo de extração. Atualmente tecnologias alternativas ganham espaço e tentam otimizar o tempo e o processo de extração. A sua caracterização permite identificar sua estrutura e quais os comportamentos da glicoproteína obtida frente a variáveis que interferem na manutenção da sua bioatividade, como: pH, temperatura, técnica de obtenção. A identificação de suas características e preservação das funcionalidades garantem exitosas aplicações na enologia, indústria alimentícia, de bebidas e farmacêutica e as projetam como um promissor polissacarídeo de emprego industrial.